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DJ Vibe: “Tenho obra feita mas há muita coisa que ainda quero fazer”.

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Subiu às cabines dos mais importantes clubes nacionais e internacionais, fez rádio, produziu, construiu uma discoteca – não há nada que DJ Vibe ainda não tenha feito mas ele quer fazer muito mais.

 

De certa forma, estava escrito nas estrelas que o Tó viria a tornar-se DJ. Na loja de discos do pai, deixa-se inebriar pela magia da música – e, por acréscimo, dos discos e do vinil, aquele que emanava um cheiro especial, misturado com o plástico e o cartão, quando as importações chegavam ao estabelecimento na zona dos Restauradores, em Lisboa. Era perto do cinema Éden e tudo isto mais parece uma história de filme: é na loja do pai que João Menezes, do Bataclan, pergunta se não há por lá um DJ que pudesse fazer a substituição do residente naquela discoteca lisboeta. O convite não é feito a Tó mas é ele quem se chega à frente: do alto dos seus 15 anos. De lá, começa também a pisar a cabine do Beat Club e o do Skylab e, com o primeiro ordenado, compra uma tenda, para viver, um Verão, no Parque de Campismo do Monsanto. Ao mesmo tempo que o fenómeno do clubbing desponta, em Portugal, o nome de Tó Pereira começa, igualmente, a tornar-se cada vez mais incontornável, do Plateau ao Alcântara-Mar, até ao Kremlin e, claro, sem esquecer o Lux-Frágil – tudo isto, evidentemente, só para referir as conquistas em Lisboa. Porque, para falar de DJ Vibe (o nome pelo qual passou a responder quando o seu caminho o começou a levar além-fronteiras) também se tem que referir espaços como o Vaticano ou o Pacha, a passagem pelos LX-90 e o sucesso mundial dos Underground Sound of Lisbon, as actuações no Japão, na Europa, nos Estados Unidos ou no Canadá. Aventurou-se nas edições ao lado de António Cunha, com a Kaos Records, esteve na primeira rave em Portugal e, na alvorada dos anos 10, deu a cara e o corpo ao Indústria. Em Novembro de 2017, apresentou o espectáculo 35v50, um misto de festa de aniversário com celebração de um caminho feito –e contado – com a música. A mesma que tem sido, sempre, o seu motor. A mesma que o faz perder a noção do tempo. A mesma que o faz ter a certeza que, por muito que já tenha feito, ainda quer fazer muito mais.

Ana Ventura Ana Teresa Ventura trabalhou na Blitz durante dez anos e hoje podemos vê-la tanto em festivais de verão cobertos pela SIC, como na sua rubrica, M de Música do programa Mais Mulher, na SIC Mulher.

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