Keep Razors Sharp: “Temos mais caminhos e mais ideias”.
Foi a música dos outros que os juntou mas o que mantém viva a chama dos Keep Razors Sharp é um amor profundo. Pela música, claro, mas ainda mais uns pelos outros.
Quando chegou a altura de prepararem o segundo álbum, os Keep Razors Sharp já não eram os mesmos que tinham assinado, quatro anos antes, o debute homónimo. Mas, na verdade, havia algo que se tinha mantido imutável: o amor que faz com que, muito antes de serem uma banda, sejam um grupo de amigos. Que, por acaso, gosta de fazer música juntos.
Cada um dos quatro elementos chega de projectos muito distintos, uns mais virados para a folk, outros mais rock e pop, outros com contornos mais pesados. Porém, a soma destas quatro partes não traz qualquer sinal do passado destes amigos. Ao invés, a soma destas quatro partes revela uma personalidade única e distinta – assumidamente, Keep Razors Sharp. É certo que o psych do primeiro álbum, em Overcome, começa a ficar para trás. Também é verdade que as texturas são outras e até já há, por aqui, teclados. Ainda assim, quando se escuta Overcome, a assinatura dos Keep Razors Sharp é imediatamente apreendida.
Ao longo da conversa com o M de Música, assumem-se como “quatro palhacinhos” que adoram brincar (uns com os outros e consigo próprios) mesmo que levem a música muito a sério. A música que brota com os quatro juntos, na sala de ensaios, cada um a reagir ao outro. As canções dos Keep Razors Sharp não são de nenhum dos quatro – são dos quatro. São também da vontade que os quatro têm de experimentar, de fazerem mais, de abrirem mais portas e de deixarem outras tantas abertas. Foi a música dos outros que os juntou mas o que mantém viva a chama dos Keep Razors Sharp é um amor profundo. Pela música, claro, mas ainda mais uns pelos outros.