Agir: “Estou aqui pelas razões certas”.
Quando fugia da escola para se encerrar em casa a compor as primeiras canções, havia muitos que pensavam que estava perdido mas Agir nunca teve dúvidas.
Cresceu no meio artístico, filho do cantor Paulo de Carvalho e da actriz Helena Isabel mas nunca se fez valer das relações familiares para singrar. Aos 12 anos, depois de se deixar maravilhar com as assinaturas de outros, quis começar a fazer as suas primeiras experiências na música. Morava num 2º Esquerdo, na zona de Telheiras, e roubou a morada para baptizar o seu primeiro estúdio e o projecto que viria a partilhar com Sagres. O Fruity Loops, o programa que instalou no computador e lhe permitiu começar a compor, tornou-se o seu melhor amigo e as primeiras vozes foram gravadas em microfones comprados em lojas chinesas. Quando editou o primeiro álbum, homónimo, em 2010, já há muito que os seus concertos estavam esgotados, sinónimo do sucesso alcançado através das redes sociais e para o qual, inicialmente, nem sequer teve qualquer papel. Seguiram-se o EP Alma Gémea, a mixtape #agiriscoming e, em 2015, o segundo longa-duração, Leva-me a Sério – e todos levaram. Já venceu um Globo de Ouro, foi distinguido pela SPA e premiado pela MTV mas a team Got It é, provavelmente, a sua maior conquista, aquela que movimenta milhares de pessoas, devotas às suas canções, tão depressa representadas pela sua voz quanto entoadas por nomes como Gisela João ou Mariza. Em 2018, regressou aos álbuns com No Fame mas a fama chegou para ficar. É um sinal e uma recompensa pela honestidade e pela vontade que coloca na sua arte.