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Diogo Piçarra: “Ser responsável pelo meu destino”.

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Hoje, toca para milhares mas nem sempre foi assim e o seu caminho quase parece uma fábula de encantar.

Tudo, no percurso de Diogo Piçarra, podia ter sido diferente. Se não vivesse num apartamento, talvez tivesse acabado a tocar bateria. Se tivesse mais jeito para o futebol, talvez tivesse acabado jogador do Farense. Se não tivesse sido expulso na sua primeira passagem por Ídolos, em 2009, talvez não tivesse acabado vencedor. Se não tivesse sido ignorado em alguns concertos, em bares, talvez não tivesse tentado levar a sua música mais longe. Porém, Diogo nunca cedeu: no programa da SIC, tanto cantou ao piano quanto interpretou Metallica; quando estudou em Londres, ocupou o tempo com aprendizagens que o tornaram um músico mais completo, estudando instrumentos e produção; inverte a tendência habitual dos vencedores de concursos de televisão e enceta uma carreira no YouTube que o torna premiado e aplaudido, por exemplo, por John Legend. Quando, finalmente, se estreia nos álbuns, em 2015, com Espelho, torna-se um raro caso de sucesso, confirmado, dois anos mais tarde, com Do=s. É campeão de vendas e de popularidade, com as suas canções a narrarem vários momentos das vidas de quem o ouve – exactamente como sempre quis. Cantor, compositor, produtor, tornou-se, verdadeiramente, um Ídolo mas nada disso teve a ver concursos de televisão.

Ana Ventura Ana Teresa Ventura trabalhou na Blitz durante dez anos e hoje podemos vê-la tanto em festivais de verão cobertos pela SIC, como na sua rubrica, M de Música do programa Mais Mulher, na SIC Mulher.

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