DJ Overule: “As coisas engraçadas acontecem por acidente”.
2017 foi, provavelmente, o melhor ano da carreira de DJ Overule mas o título do seu primeiro álbum vai deixando o aviso – It’s Not Over.
Para Bruno Castro, o 13 só pode ser um número de sorte. Afinal de contas, foi ao fim de 13 anos de actividade enquanto DJ Overule que a) venceu o Best Portuguese Act da MTV (tornando-se o primeiro DJ a alcançar tamanho feito) e b) editou o seu primeiro álbum em nome próprio. Chamou-lhe It’s Not Over, um trocadilho que tanto pode ser aplicado à sua persona e às muitas colaborações que traz ao disco como ao facto de que este caminho ainda agora parece estar a começar.
Se for preciso compreender onde é que o Bruno se tornou DJ Overule, é preciso viajar até ao Porto e ao início dos anos 00, quando a Invicta encontrava efervescência underground no hip hop e um grupo de colegas de escola criava uma banda, os 7 Pecados Mortais, ou 7PM. A paixão do pai pela música e a sua colecção de vinis – aliada ao equipamento que ficou disponível depois de um tio encerrar uma loja de discos – dá a Bruno a vontade de experimentar nas artes do scratch e do turntablism. Ao mesmo tempo que aprofundou as técnicas inerentes a tal ofício, as actuações aumentaram e o curso de Contabilidade e Administração acaba por ficar a meio. Contas feitas, a decisão, deu os seus frutos: assina, mensalmente, há mais de uma década, um programa de rádio, o Pump Up The Volume, que conta com cerca de 10 mil ouvintes; por ano, dá uma média de 150 espectáculos; colaborou com nomes nacionais como Expensive Soul, Virgul ou Pedro Pode, mas também com Zak Downtown e Rebecca Garton. Devoto ao hip hop mas dedicado à música urbana, DJ e produtor, nunca deixou de estar rodeado dos seus #rulebreakers, a família que o segue e que se identifica com a mensagem que pretende passar com o seu trabalho. Tudo isto pode ter começado por acaso mas é ele quem diz que as coisas engraçadas acontecem por acidente.
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