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Piruka: “Eu sei o que passei para chegar onde cheguei”.

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Chegaram a dizer-lhe que tinha que mudar de nome para vingar mas, como em tudo o resto, decidiu pensar pela sua própria cabeça.

Cresceu a brincar com karts mas também dividia o seu tempo nas ruas da Madorna: de um dia para o outro, de uma casa com três andares, vê-se a viver num apartamento onde chovia dentro. Para sobreviver, experimenta aquilo a que chama “a má vida”, a mesma que, nas suas canções, assume, “não era uma vida má”. No entanto, para não atacar ninguém, opta por atacar o papel e, assim, nascem as suas primeiras rimas. Quando trabalhava 14 horas por dia, a servir à mesa, ainda divide o seu tempo pelos palcos, onde actuava de borla. Em 2014, apresenta a sua primeira mixtape mas é em 2017, com o álbum de estreia, Aclara, que se torna um verdadeiro fenómeno. Nas redes sociais, é um dos músicos com maior número de seguidores; online, é um dos que mais reúne streamings e visualizações. Humilde, honesto, independente, pai, filho, MC, Piruka é muito mais do que um “mero músico”. É uma história que tem vindo a ser contada nas suas canções, onde em poemas se encontram as coordenadas de uma vida pouco comum.

Ana Ventura Ana Teresa Ventura trabalhou na Blitz durante dez anos e hoje podemos vê-la tanto em festivais de verão cobertos pela SIC, como na sua rubrica, M de Música do programa Mais Mulher, na SIC Mulher.

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