:papercutz: “Quando se escreve um álbum, celebra-se a vida”.
O design pode mostrar uma língua de fora mas que não restem dúvidas sobre a elegância da obra dos :papercutz.
Quando alinhava nos Oxygen, Bruno não sabia mas era um misto de músico com produtor. Depois de fazer as suas primeiras experiências onde uniu a electrónica à pop, voltar “apenas” ao protagonismo da guitarra parecia não ser suficiente. Assim nasce Articulated Forms que, parido em edição de autor, se torna o primeiro EP dos :papercutz pela mão de Pedro Leitão e da mono¨cromática. Lylac, o primeiro longa-duração, surge em 2008, publicado por uma etiqueta canadiana, no mesmo ano em que o grupo, seleccionado por Henrique Amaro, compõe o alinhamento da compilação Novos Talentos Fnac. O mote para esta imensa viagem estava dado: passam pelo South By Southwest e pelo Eurosonic, actuam em festivais em Las Vegas mas também fazem digressões pela Ásia, deixam-se embrenhar pela melancolia mas oferecem-lhe uma imensa celebração. King Ruiner, o terceiro registo de estúdio e o sucessor de The Blur Between Us, mostra os :papercutz a manusearem texturas que tanto brotam das guitarras quanto da voz de Catarina. A sua música já foi definida como uma “beleza cruel” mas, por aqui, todos os traços são delicados e elegantes. Delicadamente escuros, elegantemente etéreos.