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Mão Morta: “Uma história só de improváveis”.

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Em Janeiro de 1985, quando dão o primeiro concerto, os Mão Morta levam ao palco “Aum”, onde se entoa “o tempo não espera por nós” – mas o tempo tem sido o cúmplice perfeito para esta história.

Nascem por acaso, porque um baixista acha que um elemento do seu público tem ar de baixista. Nascem, apenas, como desculpa para passar uma temporada em Berlim, misto de férias com música. Trinta anos depois, os Mão Morta nunca tocaram naquela cidade alemã: construíram uma narrativa rara, marcada por uma audácia que se traduz numa imensa experimentação, numa irreverência que encaminha ao eterno inesperado. A música é o seu recreio e o palco o seu imenso cenário – o grande desiderato dos Mão Morta era tocar em Berlim. Ainda bem que nunca lá foram.

Ana Ventura Ana Teresa Ventura trabalhou na Blitz durante dez anos e hoje podemos vê-la tanto em festivais de verão cobertos pela SIC, como na sua rubrica, M de Música do programa Mais Mulher, na SIC Mulher.

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