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PEDRO: “Dar um pouco mais de mim”.

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Pode parecer uma fábula mas é a mais pura verdade: em menos de uma década, PEDRO passou de um miúdo encantado com a obra dos Buraka Som Sistema a parceiro do seu maior herói, Branko. Mas nada disto foi uma questão de sorte.

 

A vida de Pedro Maurício havia de mudar, quando o seu irmão, munido do disco físico do EP de estreia dos Buraka Som Sistema, From Buraka To The World, de 2006, lhe apresentava “Sem Makas”. Foi procurar quem era o colectivo que estava a fazer algo realmente diferente e surpreende-se quando descobre que são “vizinhos”, uma vez que sempre viveu na Damaia, com os olhos postos no mesmo IC 19 que os Buraka haviam de usar como título para a sua canção preferida (e parte do seu álbum de eleição, no que à electrónica diz respeito, Black Diamond). Estavam lançados os dados para uma história que, claramente a começar, já tem muito que se lhe diga: depois de uma aprendizagem feita à base de tutoriais cibernáuticos, começa a publicar no Soundcloud; por obra do destino, a Enchufada (editora fundada por Branko e Kalaf, ambos dos Buraka, em 2006) cruza-se com as melodias assinadas por um tal de Kking Kong e convida-o para participar numa das suas festas Hard Ass Sessions, no Lux Frágil, em Lisboa. Rapidamente, ingressa na família Enchufada e publica o seu primeiro EP, Damaia, que apresenta quem é mas também de onde vem. No ano seguinte, “Drenas”, estreado no Lisboa Dance Festival 2017 e incluído na compilação Branko presents Enchufada na Zona, atinge 1.6 milhões de streams e Kking Kong dá origem a PEDRO. Tudo isto pode parecer muito mas ainda há mais: já colaborou com Carlão e Isaura mas também com Diogo Piçarra e Dino D’Santiago – e 2018 não parece levar o pé ao travão. Da residência mensal de Na Surra à actuação no Lisboa Dance Festival, da digressão europeia com Branko à estreia do single “MPTS”, todos os caminhos parecem levar até PEDRO. Mas ele ainda quer mais: quer fazer mais e mostrar mais. Os que o ouvem também querem mais: ouvir mais e dançar mais.

Ana Ventura Ana Teresa Ventura trabalhou na Blitz durante dez anos e hoje podemos vê-la tanto em festivais de verão cobertos pela SIC, como na sua rubrica, M de Música do programa Mais Mulher, na SIC Mulher.

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