12ª edição ocupa o Passeio Marítimo de Algés entre 12 e 14 de Julho
Serão mais de cinco dezenas de milhar, diariamente, numa lotação há muito esgotada: assim se fará a 12ª edição do NOS Alive, o festival que, todos os anos, congrega uma multidão de portugueses mas que faz, também, as delícias de uma enorme percentagem de público estrangeiro. Com sete palcos e muitas horas de música, para aproveitar o NOS Alive é obrigatório fazer escolhas, bem antes da entrada no recinto montado no Passeio Marítimo de Algés. Árdua tarefa, aqui fica uma mão cheia de concertos que ninguém pode perder:
- O regresso dos Nine Inch Nails
Foi preciso esperar quase uma década para que Portugal voltasse a receber Trent Reznor & cia. Em 2009, pouco antes de uma pausa anunciada, os Nine Inch Nails actuavam em Paredes de Coura mas, 11 anos depois da estreia em palcos nacionais – e após a edição de um álbum e três EPs –, eis que regressam à Lisboa que primeiro os acolheu. Espera-se cerca de uma hora verdadeiramente explosiva, no arranque do NOS Alive.
- A voracidade dos At The Drive-In
Durante muito tempo, temeu-se que Portugal nunca entrasse nos planos de digressão dos At The Drive-In: estrearam-se no ano passado e, em 2018, regressam para mais uma mítica descarga de um rock tão experimental quanto cativante, entre a fúria e a contemplação.
- A intimidade do EDP Fado Cafe
Traz fado no nome mas este é um palco onde cabe muito mais – é, igualmente, o cenário próximo por onde passarão dois dos maiores trovadores da música portuguesa: António Zambujo e Jorge Palma.
- O check-in no hotel dos Arctic Monkeys
Tranquility Base Hotel & Casino: assim se chama o novo álbum dos Arctic Monkeys e o provável ponto de partida para a nova visita da banda de Alex Turner ao NOS Alive, onde actuaram em 2014. Porém, e a julgar pelos concertos que o colectivo de Sheffield tem vindo a encenar, estão garantidos os clássicos que, desde sempre, conquistaram o público português.
- A declaração de amor aos Pearl Jam
Estavam lá em 2007, quando o Passeio Marítimo de Algés recebeu, pela primeira vez, um novo festival. Regressaram (ao local onde todos foram felizes) em 2010 e, em 2018, foram os responsáveis pela enorme procura de bilhetes que levou a que, rapidamente, o dia 14 de Julho tivesse ficado com a sua lotação esgotada. Estão a preparar um novo álbum mas, em palco, não se têm acompanhado grandes sintomas do sucessor de Lightning Bolt – os concertos do grupo nascido em Seattle (um dos dois que pisam o Palco NOS nesta data, ao lado dos Alice in Chains) têm vindo a fazer uma verdadeira viagem às canções que os portugueses trazem na ponta da língua. No NOS Alive, entre conversas em português de Eddie Vedder e grande veneração do público, o espectáculo terá, certamente, contornos de uma verdadeira declaração de amor.