
Foi o primeiro festival de Verão em Portugal e está de volta em 2016
Viviam-se os anos de ditadura em Portugal quando os primeiros acordes foram ouvidos em Vilar de Mouros. O calendário marcava 1965 e o mote era “cultura e juventude ao serviço de todos”, com os ritmos a versarem, por exemplo, no folclore típico minhoto. Três anos depois, as fronteiras abriam-se ao fado e a artistas como Zeca Afonso e Adriano Correia de Oliveira, o que provocou um olhar mais forte da polícia política do regime instituído. Porém, foi em 1971, com a passagem, por exemplo, de Elton John e Manfred Mann, que o festival de Vilar de Mouros se tornou conhecido como o Woodstock português. Os vultos a marcarem presença no evento minhoto não se ficaram, no entanto, por aqui: em 1982, os U2 estreavam-se, aí, em Portugal.
É nessa altura que Vilar de Mouros marca a sua primeira pausa – regressando, 14 anos depois, com um alinhamento pautado pelos Stone Roses, Yound Gods ou Da Weasel. Porém, apenas em 1999 é que o festival se transforma num evento com uma cadência mais “habitual”: nos sete anos seguintes, receberia as visitas de Bob Dylan ou PJ Harvey, Robert Plant ou Public Enemy, The Cure ou Alanis Morissette. Em 2016, Vilar de Mouros está de regresso – e a aposta é forte.
O festival decorre de 25 a 27 de Agosto e tem como cabeças de cartaz Tindersticks, Orchestral Manouvres in the Dark e Peter Murphy. Nos projectos nacionais, as atenções dividem-se entre The Legendary Tigerman, António Zambujo, Linda Martini, Samuel Úria ou David Fonseca.
Os bilhetes para o Festival Vilar de Mouros 2016 estão à venda, com os preços a oscilarem entre os 25 euros (diários) e os 50 euros (passe geral). Mais informações podem ser encontradas aqui.