D’alva: “A pop dá-nos a liberdade de fazer tudo”.
A pop pode ser o grande # da música, aquele espaço onde todos os géneros se encontram e onde tudo é agregado. É isso que os D’alva têm tornado realidade.
À partida, podia parecer que havia muito a separar Ben e Alex: têm 10 anos de diferença, cresceram em lados distintos do rio Tejo e podiam, perfeitamente, nunca se ter cruzado. Porém, há muito mais a uni-los: são ambos filhos de mãe brasileira e pai africano, descobriram a música, em boa parte, pela forma omnipresente que assume na fé evangélica e… os dois são fãs de Spice Girls. Mesmo que só tenham descoberto muito depois de se terem começado a cruzar em eventos da editora Flor Caveira ou de Alex se ter tornado fã dos Triplet de Ben. É o guitarrista quem mostra interesse em trabalhar numa maqueta da banda do vocalista – e, mais uma vez, o destino faz das suas. A banda tinha acabado mas as canções eram de Alex e os dois começam a percorrer o caminho que, depois do EP Não É Um Projecto, assinado “Alex D’alva Teixeira”, havia de desembarcar em #batequebate, o primeiro álbum dos D’alva, publicado em 2014. Nessa altura, já ambos sabiam que tinham muito mais a uni-los do que as Spice Girls.
Sabiam que queria fazer uma música que lhes desse um espaço de liberdade, onde não houvesse barreiras e onde tanto pudessem assinar baladas quanto piscar o olho ao trap ou disparar palavras com sabor a metal. Esse espaço, misto de triângulo das bermudas com ilha do Lost, em música, segundo a banda, é a pop. É essa a casa dos D’alva e continua a ser esse o seu GPS em Maus Êxitos, o segundo longa-duração, revelado em 2018. É pop sem amarras nem vergonha, cantada em português mas tatuada pelo universo criativo. É pop como o supremo # no universo dos #s, o território onde todas as ideias podem tornar-se canções. Como cantam numa, isto não é física nem química – é música. E se viver sem música é um erro e todos querem dançar, na pop, os D’alva encontraram essa liberdade. Nunca maus êxitos foram tão bem sucedidos.