Rede nacional reúne perto de três dezenas de salas de espectáculo e clubes
Foi das primeiras actividades a parar com a pandemia do coronavírus e é uma das que mais teima a recuperar: pelo meio, ao fim de seis meses, os clubes e salas de espectáculo, de Norte a Sul do país, vêem a sua sobrevivência em risco.
Nasceu, por isso, o Circuito, apresentado como “a principal rede nacional para a valorização, protecção e desenvolvimento das salas e clubes com programação própria de música ao vivo. Atualmente, o Circuito é constituído por 27 salas de todo o país. Ao todo, estas salas promoveram, em 2019, 7.537 atuacções musicais, envolvendo dezenas de milhares de autores, intérpretes e outros profissionais do espectáculo, para uma audiência de 1.178.847 pessoas”.
Contando na sua génese com espaços como Musicbox ou Lux, em Lisboa, e Hard Clube ou Maus Hábitos, no Porto, a Circuito nasce porque “a sobrevivência destas salas está em risco iminente” e lança desde logo o mote: “apelamos a que se juntem nesta fila. Um Festival que é uma manifestação que é uma fila. Uma fila de público, artistas e todos os profissionais do sector da música e das artes para quem a prática cultural está suspensa ou muito limitada. 6 meses após o início da pandemia, as salas e clubes de música ao vivo continuam encerradas, sem apoios e sem estratégias públicas de protecção e valorização. Para evitar que o circuito chegue ao fim, junta-te a esta fila”, lê-se em comunicado de imprensa.
“No dia 17 de Outubro, às 15:00, o Circuito faz-se ouvir numa concentração em [Lux] Lisboa, [Maus Hábitos] Porto, [Sociedade Harmonia Eborense] Évora e [Carmo 81] Viseu. Serão convocados artistas, profissionais do espetáculo e público para se juntarem a esta causa com uma mensagem capaz de ecoar pelos corredores políticos. São mais de 300 os artistas nacionais que já assinaram este cartaz.”