Primeira amostra do álbum a editar em 2017 é “Love Without Violins”
“Love Without Violins” é o primeiro single retirado do novo álbum dos Gift – o disco que, com edição agendada para 2017, a banda de Alcobaça partilha com Brian Eno e que foi misturado por Flood. “Love Withou Violins” teve estreia mundial na BBC Radio 6 e pode ser ouvido aqui. O single já está disponível para pré-venda no iTunes, estando o seu lançamento oficial marcado para 30 de Setembro, data em que ficará acessível em todas as lojas digitais e serviços de streaming.
O single marca a primeira apresentação do trabalho que, nos últimos dois anos, os Gift têm vindo a desenvolver com o mítico produtor Brian Eno, que, no seu currículo, conta com colaborações habituais com vultos como David Bowie, U2 ou Coldplay. Segundo Eno, “a ideia para “Love Without Violins” veio da arrepiante voz da Sónia. Ela canta num registo muito parecido ao meu (penso que se chama barítono), mas tem umas tantas oitavas pelo meio, ou seja, ela é quase um soprano dos barítonos. Como invejo essas oitavas dela. (… ) A voz dela remete para uma mulher suprema, de uma confiança quase desdenhosa, alguém que gosta de jogar com pessoas que gostem de ser manipuladas. Eu quis capturar esta ideia de um tipo de amor que não é, de todo, cor-de-rosa, querido e adolescente, mas que tem tons de controlo e rendição, um tipo de amor no qual as pessoas estão preparadas para atingir os limites da sua imaginação”. Com letra partilhada por Sónia Tavares com o próprio Brian Eno, o single – assim como o álbum – foi misturado por Flood, também ele um mago do estúdio, parceiro habitual de PJ Harvey, Nick Cave ou Depeche Mode.
Segundo Nuno Gonçalves, o trabalho que o quarteto tem vindo a desenvolver e que culminará com o sucessor de Primavera, de 2012, é um “acordar de novo. Acordar sempre com vontade de mais. Terá sido esta a vontade do destino. Acordávamos sempre cedo. Durante dois anos acordámos sempre mais motivados. Trabalhar da forma que fizemos foi uma experiência única, intensa e sem grandes pressas acordávamos um pouco mais cedo daquilo que sempre soubemos ser um sonho. Um sonho acordado”.