O sucessor de “Maria” nasceu de uma residência artística nos estúdios Namouche, em Lisboa.
Ladeada por André Dias (guitarra portuguesa), Flávio César Cardoso (viola), Pedro Geraldes (guitarra eléctrica / lapsteel), Tiago Maia (baixo) e João Pimenta Gomes (sintetizadores modulares e mellotron), durante 10 dias, das 10 às 6 da tarde, Carminho ocupou os estúdios Namouche, em Lisboa. De lá saiu com o seu quinto álbum, o sucessor de “Maria”.
O processo foi acompanhado pelas fotografias de Pedro Tropa e pelo olhar de Alexandra Carita, que registou o “diário”. É nele que se pode ler que ““Carminho não hesita, tem a total obstinação de fazer um disco. que soe a seu, aos seus e a mais ninguém. Não existe nela a renúncia, o deixar para trás, largar a meio muito menos, não existe nela a desistência, não há um afastamento. Ela vai tenaz à procura do som, aquele tom de emoção que transforma em calor cada canção que soletra ainda em surdina, ou deixa ouvir pianinho no telefone que esconde na mão, e grita depois bem alto quanto canta para ficar. Ela vai insistente em busca do sentido que tem que dizer, a intenção que tem que cantar e ouvir nas guitarras, díspares, pouco certas, a tomar lugar cativo no cenário musical daquela sua existência”.
O novo álbum de Carminho ainda não tem data de edição agendada.
Foto: Mariana Maltoni