Churky: “Fecho os olhos e sonho com a música”.
Para Churky, a música é uma imensa tela em branco, onde a melodia e a palavra servem de cor e pincel. São sonhos, senhor, são sonhos.
Diogo nunca teve dúvidas de qual seria o seu futuro: aos dois anos, recebeu a primeira bateria, com cinco estava a ter aulas de música, aos 13 alinhava na primeira banda e, aos 15, as primeiras canções começavam a ganhar genuíno corpo. Por isso, não terá sido de estranhar que, apesar de ter participado (com os seus concertos) em muitas viagens de finalistas, nunca tenha feito a sua. Para Diogo, a música seria a sua verdadeira universidade. Para a vida.
Em 2015, munido do inglês que o tinha acompanhado até então, apresenta-se com Golden Riot mas, quatro anos depois, muito tinha mudado em Churky. Participou no Festival da Canção, venceu o EDP Live Bands, tocou no NOS Alive e no Mad Cool Festival, em Madrid e apresentou, finalmente, o seu primeiro longa-duração. Chamou-lhe É, um título que, ao mesmo tempo que quer dizer tudo, deixa, igualmente, tudo em aberto. É a metáfora perfeita para Churky, o homem que veio do rock mas que se deixou contagiar pela delicadeza da música brasileira; Churky, o rapaz que experimenta com todos os instrumentos que tenham cordas mas que não sai de casa sem um guitalele; Churky, o menino que nasceu Diogo mas que nunca deixou de sonhar. Agora, como sempre como dantes, quando fecha os olhos, a música surge-lhe completa, quer se trate de voz e guitarra, de voz e piano, apenas de voz. Tudo isto é Churky. É.