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Virgul: “Nunca mais vou pensar em parar”.

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Não foi fácil chegar a Saber Aceitar – para Virgul se arriscar, finalmente, em nome próprio, foi preciso passar por duas bandas, dois países e muitas dúvidas. Agora, afirma categórico que nunca mais vai pensar em deixar de ter a música na sua vida.

 

Em 1997, ao fim de dois anos na banda, Virgul editava, pela primeira vez, com os Da Weasel – eram dele os embalos doces que tornavam “Dúia” um dos momentos mais marcantes desse disco da doninha. Seguiram-se mais quatro álbuns de estúdio, muita estrada e uma aclamação unânime entre público e crítica. Até que, em 2010, sem qualquer explicação, o colectivo colocava um ponto final no seu trajecto. Por essa altura, Virgul já tinha novos parceiros, numa aventura partilhada, por exemplo, com Dino D’Santiago e que deixava mais claras as suas influências extra-hip hop – com os Nu Soul Family, edita mais dois álbuns e vence o segundo Best Portuguese Act da MTV, em 2010. É quando esta nova família entra em pausa que um imenso ponto de interrogação assola aquele que nasceu Bruno mas que responde pelo nome de uma personagem de desenhos animados franceses dos anos 80: foi preciso viver quase dois anos em Angola para compreender que o seu futuro não era diferente do seu passado e estava de pés assentes numa só realidade – a música. Em 2017, mais de 20 anos depois de ter dado início à sua carreira, estreou-se a solo mas fê-lo rodeado de muitos amigos. O disco pode ter nascido de um coração partido mas, para Virgul, todas as razões são uma boa desculpa para dançar. É assim a sua vida: desde sempre e para sempre.

Ana Ventura Ana Teresa Ventura trabalhou na Blitz durante dez anos e hoje podemos vê-la tanto em festivais de verão cobertos pela SIC, como na sua rubrica, M de Música do programa Mais Mulher, na SIC Mulher.

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