Beatbombers: “O nosso instrumento sempre foi algo não convencional”.
Nada, nesta história, era expectável: dois “miúdos” das Caldas da Rainha que, ao invés de se dedicarem à guitarra ou à bateria, se deixavam cativar pelo gira-discos.
Dois “miúdos” que não se conheciam mas tinham as mesmas paixões: o hip hop e o scratch. O Tiago adorava o skate e o Tomás passeava-se de bicicleta – um amigo em comum apresentou-os e, de repente, perceberam que eram dois cromos da mesma caderneta. Experimentaram, compararam experiências e conhecimentos e, muito mais do que parceiros, tornaram-se dois filhos do mesmo pai – o gira-discos. Em 2010, estreiam-se nos campeonatos mundiais de scratch, enquanto equipa: em 2011, sagram-se campeões. Stereossauro edita Bombas em Bombos, DJ Ride vai mostrando a sua arte em álbuns como Life In Loops ou From Scratch. Cinco anos depois, repetem a vitória e saem de Cracóvia, em Dezembro de 2016, bi-campeões mundiais. Era chegada a hora da estreia num longa-duração: deram-lhe o seu nome, Beatbombers, e convocaram uma imensa família para se juntar à festa. Aqui, não há margem para dúvidas: este álbum foi scratched e é essa a maior qualidade.